Jornalista narra a saga de Carlos Marighella
Publicada em
06/05/13
Atualizada em
10/05/13 01h36m
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Mário Magalhães vem ao Cultura na Sedufsm na segunda, 13/05

Depois de décadas atuando no jornalismo diário, tendo passado por veículos importantes como O Globo e Folha de São Paulo (onde foi repórter especial e ombdusman), o carioca Mário Magalhães largou o dia a dia da redação para se dedicar a um projeto inédito: contar a trajetória do fundador do mais importante grupo de luta armada do país em oposição à ditadura militar - a Ação Libertadora Nacional (ALN), Carlos Marighella. Resultou daí a obra “Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo”, editada pela Companhia das Letras.
Magalhães estará em Santa Maria para participar do Cultura na Sedufsm que tem por tema “Marighella, o homem por trás das letras”, na próxima segunda, 13 de maio. O evento, que inicia às 19h, no plenário da Câmara de Vereadores, terá ainda a presença da professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e ex-militante da ALN, Ana Maria Ramos Estevão. A coordenação da mesa será de Humberto Gabbi Zanatta, jornalista, escritor e professor da UFSM, que também é diretor da Sedufsm.
No livro, publicado em 2012 e que possui aproximadamente 600 páginas, Mário Magalhães investiga as várias facetas do guerrilheiro mulato, natural da Bahia. Em ritmo frenético, assim como foi a vida do biografado, o jornalista reconstitui com narrativa empolgante passagens pela prisão, resistência à tortura, operações de espionagem na Guerra Fria e assaltos da guerrilha a bancos, carros-fortes e trem-pagador. Também recupera a célebre prova de física respondida em versos no Ginásio da Bahia e poemas de amor.
A obra destaca também a influência internacional de Marighella e seu Minimanual do guerrilheiro urbano, guia que correu o mundo e virou cult nos anos 1960 e 1970. Traduzido para dezenas de idiomas, é tido hoje como um clássico da literatura de combate político. Jean-Paul Sartre, admirador do estilo de seu autor e de sua disposição para a ação audaz, publicou artigos de Marighella na revista Les Temps Modernes. Proclamado inimigo número um pela ditadura, o guerrilheiro foi morto em uma emboscada policial em São Paulo, na noite de 4 de novembro de 1969.
Sobre Mário Magalhães
O jornalista nasceu no Rio de Janeiro em abril de 1964. Formou-se em Jornalismo na Escola de Comunicação da UFRJ. Trabalhou nos jornais Tribuna da Imprensa, O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, diário do qual foi repórter especial, colunista e ombudsman.
Magalhães recebeu mais de 20 prêmios, entre eles: Every Human Has Rights Media Awards, Lorenzo Natali Prize, Prêmio Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), Medalha Chico Mendes de Direitos Humanos, Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos e Anistia, Prêmio AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Grande Prêmio Esso de Jornalismo, Prêmio Folha de Reportagem, Prêmio Direitos Humanos-RS e Prêmio Dom Hélder Câmara de Imprensa (da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Texto: Fritz R. Nunes com informações de Mário Magalhães
Foto:livrariavanguarda.com.br
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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