Bancários e correios encabeçam greves em S. Maria SVG: calendario Publicada em 19/09/13
SVG: atualizacao Atualizada em 19/09/13 14h17m
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Categorias mobilizam-se próximas aos seus locais de trabalho

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Faixas e cartazes divulgando a greve dos correios na agência central em Santa Maria

A manhã desta quinta-feira, 19, foi de mobilização para duas categorias de trabalhadores de Santa Maria. Na frente da agência central dos Correios acontece concentração de grevistas desde as 7h30. Já no Banrisul da praça Saldanha Marinho, bancários também se concentram, com faixas e cartazes que demonstram as principais reivindicações do movimento paredista. Deflagrada em assembleia realizada na última terça-feira, 17, a greve dos trabalhadores dos correios vem ganhando forte adesão da categoria, com todas as 29 bases sindicais filiadas à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) em greve.

Marcos Iracet, operador de teletransbordo e trabalhador grevista, explica que as mudanças implementadas pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no plano de saúde da categoria podem ser consideradas a mola mestra dessa paralisação. “Eles querem criar um sistema em que uma empresa privada administre o nosso plano de saúde, que hoje é muito bom. Tememos que, com essa privatização da administração do plano, tenhamos que pagar percentuais muito acima do que aqueles que pagamos hoje. Pois uma empresa que visa lucro sempre vai querer tirar de nós o máximo que puder. Nós estamos temendo muito isso”, explica Iracet.

Além da manutenção do plano ‘Correios Saúde’, na pauta nacional da categoria ainda constam aumento real de 15% e reposição de perdas salariais no período de 1994-2002 - calculadas em 20%, segurança nas agências, implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), contratação de 10 mil funcionários e redução da jornada de trabalho dos atendentes para seis horas. Segundo informações dos trabalhadores, a Fentect irá tentar algum tipo de negociação com a ECT até o fim desta sexta-feira, 20. Caso a Empresa continue se recusando a dialogar, as atribuições da negociação irão para o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Iracet explica que os trabalhadores em greve não estão fechando agências ou fazendo qualquer tipo de ação truculenta. “A greve está muito bem encaminhada”, avalia.

Bancários

Em seu primeiro dia de greve, os bancários de Santa Maria reuniram-se, também, no centro da cidade na manhã desta quinta-feira. Aprovada no último dia 12, a greve foi deflagrada em decorrência da falta de disposição dos banqueiros para negociar com os trabalhadores. Enquanto a categoria reivindica reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de 6,1%, número que não repõe sequer a inflação do período.

Claudenir Teixeira Freitas, diretor do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, diz que algumas agências do Banrisul e da Caixa Federal já estão fechadas, entretanto, na segunda-feira – quando passar o feriado no Rio Grande do Sul – será possível conseguir dados mais consistentes de adesão. “O movimento sindical está aberto para negociar, esperando que os banqueiros nos chamem”, diz Teixeira, ressaltando que o lucro anual dos bancos no Brasil fica em torno de 22%.

Além das reivindicações já apresentadas, algumas outras elencadas pela categoria são:

- Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada;

- Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral;

- Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330, além da aprovação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho);

- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;

- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação;

- Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;

- Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros.

Texto e fotos: Bruna Homrich (estagiária)
Edição: Fritz Nunes (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

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