64º Conad terá manifesto em defesa do ensino superior público
Publicada em
14/07/19 09h45m
Atualizada em
14/07/19 10h04m
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Comissão tirada no evento fez proposta de documento que rebate projeto do governo
As informações extra-oficiais, publicadas por jornal de circulação nacional, somadas a um convite feito aos reitores pelo Ministério da Educação (MEC), acenderam o sinal de alerta entre os docentes que participam do 64º Conad, em Brasília. Em função de que o que foi divulgado pela imprensa, até o momento, coloca em risco o projeto de manutenção da universidade pública e gratuita, durante a plenária tema II, na tarde de sábado, 13, foi sugerido que o encontro do sindicato abrisse um espaço para discutir essas medidas do governo Bolsonaro, que devem ser anunciadas oficialmente na próxima terça, 16 de julho.
Houve consenso entre diretoria do ANDES-SN e os presentes ao encontro, de que por mais que não se tenha tido oficialmente acesso ao conteúdo do que o governo Bolsonaro irá apresentar, imperiosa a necessidade de tirar uma posição coletiva a respeito desse assunto, aproveitando a representatividade do Conad, com mais de 230 participantes.
A partir desse entendimento majoritário, foi indicada uma comissão com seis nomes para a elaboração de um manifesto. Conforme o presidente do ANDES-SN, professor Antonio Gonçalves, mesmo que não haja um documento oficial do governo, as linhas gerais já vêm sendo explicitadas há algum tempo. O esboço do documento foi distribuído na plenária do 64º Conad ainda na noite de sábado. Contudo, a versão final só será divulgada publicamente após discussão e deliberação pelo plenário do evento, o que deve ocorrer neste domingo (14), último dia do encontro.
Conforme a primeira versão do “manifesto”, a partir do que foi divulgado pela imprensa, foi colocado que o “Programa ministerial promoverá o mais profundo ataque à universidade pública, ferindo a autonomia universitária e impondo categoricamente sua privatização”. O documento cita trecho de matéria do ‘Valor Econômico’ na qual consta que “com relação às universidades públicadas, elas deixarão de ser autarquias (...)não estarão subordinadas ao regime jurídico de direito público. Com isso, a política de cobrança de mensalidades será implantada, e as contratações passarão a ocorrer pelo regime celetista ou de contrato temporário”.
Diz ainda o esboço de manifesto que “precisamos estar atentos e preparados para o enfrentanento à altura da gravidade dos ataques anunciados, mobilizando a categoria docente e articulando a luta com todos os segmentos da comunidade universitária, dos IF e Cefets, em articulação com os mais amplos setores sociais para combatermos os ataques deste programa ministerial, em defesa da universidade pública e gratuita”.
A comissão responspavel pela elaboração do manifesto, referendada na plenária do Conad:
Mariana Trotta (UFRJ)- pela diretoria do ANDES-SN;
Jacob Paiva- ADUA
Luis Antonio Pasquetti- ADUnB
Claudio Ribeiro- ADUFRJ
Alyne Souza- Sindifpi
Eudes Baima (Sinduece).
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da sedufsm