Polícia Civil/RS também se movimenta por salários Publicada em 10/02/12
Atualizada em 10/02/12 18h06m
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Representantes do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (UGEIRM) estiveram na Câmara de Vereadores de Santa Maria, na última quinta-feira, 9, para reunião com a Comissão Representativa, instalada durante o recesso parlamentar. O motivo da reunião foi a solicitação de auxílio do Legislativo na reivindicação pela verticalidade dos salários entre agentes e delegados da Polícia Civil. Segundo a assessoria do UGEIRM, a receptividade da Câmara foi satisfatória e, anteriormente ao encontro, já havia manifestado apoio à categoria em documento formal.

A luta salarial dos policiais civis do estado refere-se ao desnivelamento entre as remunerações. A assessoria da entidade explica que, na Polícia Civil, existem duas carreiras: Delegados e Agentes (Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia). Os salários mais altos correspondem aos cargos de delegado de quarta classe e o objetivo é que tal quantia seja a referência para o pagamento dos demais cargos.“A idéia é que haja uma proporcionalidade razoável para todos os policiais, independentemente do seu cargo ou classe (...) O que não permite que os salários dos delegados sejam altíssimos e os dos agentes, baixíssimos”, afirma a assessoria.

A campanha salarial da categoria data do segundo semestre de 2011, não estando, pois, articulada com o movimento nacional grevista. No entanto, o Sindicato demonstra apoio para com a movimentação nacional e mostra-se notoriamente favorável à aprovação da PEC 300, que fixa um piso salarial nacional para policiais e bombeiros. Frisando que as disparidades salariais não são encontradas apenas no estado, mas nacionalmente, a entidade aponta que, enquanto um soldado da Polícia Militar da Bahia tem um salário bruto de R$ 2.300 reais, no RS, para o mesmo cargo, o vencimento é de R$ 1.300 reais.

O UGEIRM informa, ainda, que o diretor da entidade está em Brasília para reuniões da Confederação Brasileira dos Policiais Civis (Cobrapol), que estão previstas para esta sexta-feira e sábado, 10 e 11. Em pauta estarão as reivindicações do conjunto de policiais civis, tais como a aprovação, pelo Congresso Nacional, das PEC’s 446 e 300 (que dispõem sobre o Piso Salarial Nacional), a Lei Orgânica e a aposentadoria especial.

O objetivo da reunião, segundo o presidente da Cobrapol, Jânio Bosco Gandra, é discutir as estratégias de luta e o calendário de mobilização do ano de 2012. Uma das propostas é a construção de uma greve nacional do setor em protesto ao “descaso” da União e dos governos estaduais em relação à segurança pública.

Brigada do RS também quer verticalidade

Na manhã desta sexta-feira, o governador do RS, Tarso Genro, visitou a sede da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), formada por servidores da Brigada Militar, em Cidreira.

Em sua fala, o governador exaltou a corporação e prometeu melhoria gradativa dos salários. No entanto, o presidente da Abamf, Leonel Lucas, afirmou que os militares estaduais gaúchos querem verticalidade e calendário de reajustes até 2014, não abrindo mão dessas reivindicações. Solicitou também que as diárias na BM sejam reajustadas, pois somente as diárias da Operação Golfinho subiram para R$ 100. "Todos merecem o reajuste", disse.

Apesar de pontuar que os militares estaduais gaúchos não consideram a possibilidade de greve, o presidente destacou que a categoria quer ver a promessa de melhoria na remuneração tornar-se realidade.

Texto: Bruna Homrich com informações de Zero Hora, UGEIRM e Cobrapol
Foto: UGEIRM
Edição: Rafael Balbueno (SEDUFSM)