Reajuste docente injeta R$ 5,6 milhões mensais em Santa Maria e região SVG: calendario Publicada em 04/07/25
SVG: atualizacao Atualizada em 04/07/25 10h52m
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Em termos nacionais, a recomposição salarial significará R$ 16 bilhões na economia em 2025

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Mobilização reivindicatória em 3 de abril de 2024, antes da deflagração da greve

O pagamento do salário com reajuste de 9% para as e os docentes, implantado na folha de abril (pago no início de maio) deste ano, na UFSM, alcançou R$ 59 milhões, o que representou uma ampliação no valor da folha na ordem de R$ 5,6 milhões quando comparado ao mês anterior. O cálculo é da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), conforme seu titular, Frank Casado. Isso significa mais dinheiro circulando em Santa Maria e região. Quando se olha o cenário nacional, o impacto do reajuste, incluindo todo o funcionalismo, significará, apenas em 2025, algo em torno de R$ 16 bilhões a mais a circular na economia.

Atualmente, a UFSM possui 2.088 professores ativos/as, 1.245 aposentados/as e 383 pensionistas. Segundo cálculos da Progep, o valor que é agregado mensalmente à folha de pagamento docente, quando vislumbrada para o período de um ano, fica próximo de R$ 70 milhões, levando em conta o fato de que, além da folha convencional, há variação por outros benefícios, como por exemplo, o décimo terceiro salário. No que se refere ao país, esse volume de recursos tende a crescer porque haverá novo reajuste (3,5%) em 2026, além de outros ajustes, que atingem basicamente servidores/as em atividade, como é o caso do vale-refeição.

Dessa forma, a previsão do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) é que o impacto geral em 2026 alcançará R$ 26,76 bilhões e, em 2027, atingirá R$ 29,17 bilhões. Em que pese esse aumento de gastos, o próprio MGI destacou em reportagem da publicação “Congresso em Foco”, que o percentual gasto com o funcionalismo continuará representando 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) tanto este ano como no próximo, dentro dos limites do Novo Arcabouço Fiscal.

O resultado da mobilização

Para o presidente da Sedufsm, professor Everton Picolotto, os números mostram o impacto positivo da mobilização empreendida em 2024, que resultou em ganhos, como por exemplo, a recomposição salarial em 2025 e 2026 e vários reajustes de benefícios. “O valor de quase 6 milhões de reais ao mês é bastante significativo para que se possa recuperar, ao menos em parte, o poder de compra que já tivemos no passado. Nossos salários foram rebaixados, mas agora conseguimos recuperar, ao menos em parte, dando mais dignidade à categoria, maior capacidade de honrar compromissos e fazer investimentos”.

Picolotto explica que, devido à defasagem salarial, muitos docentes enfrentavam dificuldades financeiras e, com a recomposição iniciada este ano, ainda que de forma parcial, as condições dessas pessoas melhoram. Além disso, ressalta ele, esses recursos acrescidos aos salários são fatores importantes no fortalecimento da economia local e do próprio país, tendo em vista que servidores/as e docentes também são consumidores/as dos mais diversos tipos de produtos e bens.

Daniel Coronel, professor do departamento de Economia e Relações Internacionais, também enfatiza a importância do reajuste docente e do conjunto de servidores/as. “Esse tipo de medida é fundamental para o crescimento e circulação de renda na cidade de Santa Maria e em toda região”, destaca. Ele acrescenta que a partir da vigência dos benefícios salariais “observa-se o aumento nos fluxos de comércio e serviços, estratégicos para o desenvolvimento socioeconômico”.

Ainda nesta perspectiva, o economista ressalta que esses novos valores nos salários geram um efeito multiplicador e o aumento dos gastos se espalha para os demais setores da economia. “Isso mostra, mais uma vez, de forma inequívoca, a contribuição da UFSM para além do ensino, pesquisa, extensão e inovação, para o crescimento de Santa Maria e seu entorno. Ou seja, ao longo dos 365 dias são recursos injetados na economia, que contribuem para o PIB municipal e para a arrecadação de receitas, os quais, se bem empregados, podem trazer benefícios e mudar a configuração da cidade”, sublinha Coronel.

Complementando a análise do impacto do reajuste salarial, Everton Picolotto frisa que esses valores na folha de pagamento, fruto da obtenção do reajuste salarial, apenas comprovam que, em alguns momentos, mesmo com as reclamações de possíveis transtornos, mobilizações e greves acabam sendo necessárias, e resultam em ganhos não somente para trabalhadores e trabalhadoras da universidade, mas, indiretamente, para toda a sociedade, pois são recursos que ajudam a fortalecer a economia.


Texto: Fritz R. Nunes
Foto: Arquivo/Sedufsm
Assessoria de imprensa da Sedufsm

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