Festival Madame Satã celebra a diversidade e a resistência artística com programação gratuita na UFSM Publicada em 08/08/25
Atualizada em 08/08/25 17h27m
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Desde a última quarta-feira (6) Santa Maria é palco de celebração da diversidade e da criação artística com o Festival de Artes Cênicas Madame Satã. Com uma proposta estética e política que valoriza a multiplicidade de corpos, vozes e experiências, o festival ocupa a UFSM com uma programação gratuita que inclui espetáculos, oficinas, rodas de conversa, performances e shows musicais.

A iniciativa reúne artistas e pesquisadores de todo o Brasil, com destaque para produções de artistas LGBTQIAPN+, negras e negros, indígenas e periféricos. A programação contempla linguagens como teatro, dança, música, performance e audiovisual. O Festival Madame Satã iniciou na última quarta, mas segue até este domingo (10).

Confira a programação do festival para o final de semana:

Sábado (9 de agosto)

Local: no 40C, prédio da Dança, 3005, UFSM campus Santa Maria

• 10h – Oficina Da Ladaia Surge a Cena, com Bruno Fernandes, Laura Lima e Silvana Rodrigues – Grupo Pretagô (POA/RS)

• 15h – Treino de Comentattor

• 16h – Treino de Face

Sábado (9 de agosto)

Local: Teatro Caixa Preta

• 18h – Espetáculo Não Recomendado, de Edu Souza (DAC/UFSM)

• 19h – A Dama de Vermelho – Experiência do corpo-rua, com Rogério Santos Alves – Grupo Boca de Cena (PPGAC/UFBA)

Domingo (10 de agosto)

Local: Templo de Umbanda e Candomblé Ketu Ilé Egbé Osun

• 15h – Treino de DJ

• 15h – Treino de Runway

• 17h – Apresentação Mojubá

  • Show de Biba Manicongo e Octávio Furtado

  • Ball Renascer

  • Set com Boneka de Ferro

A realização do festival é uma parceria entre o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI/UFSM), o Observatório de Direitos Humanos (ODH), a Pró-Reitoria de Extensão e a UFSM. A organização é da Santíssima Ball: Dissidências e do Projeto Decote (CAL/UFSM). O apoio institucional e coletivo inclui, além da Sedufsm, os cursos de Licenciatura em Teatro, Licenciatura em Dança e Bacharelado em Artes Cênicas da UFSM, Mojubá, Grupo Dramaturgiras, Teatro Caixa Preta, Núcleo de Práticas Radicais (UFPel), Ilê Egbé Osun, Casa Volúpia, Kioski Mama Killa e Pão do Gato (fermentação natural, confeitaria e café).

Arte como lugar de transformação - O festival leva o nome de Madame Satã, figura histórica e símbolo de resistência. Madame Satã foi uma artista brasileira que se tornou símbolo da noite como espaço de resistência negra e de afirmação das existências LGBTQIAPN+. Inspirado em sua trajetória, o Festival de Artes Cênicas convida o público de Santa Maria a celebrar as culturas de corpos dissidentes por meio de espetáculos, treinos, oficinas, shows e da primeira Ball realizada na cidade.

A curadoria foca em trabalhos que desafiam normas e padrões, convidando o público a pensar criticamente sobre identidade, afeto, raça, gênero e território. Além de promover apresentações artísticas, o festival também é um espaço de formação e troca de saberes. Diversas oficinas e rodas de conversa compõem a programação, envolvendo a comunidade.

Texto: Nathália Costa

Imagem: Festival Madame Satã (Divulgação)

Assessoria de Imprensa da Sedufsm