ANDES-SN avança na construção de uma política internacional para a Educação
Publicada em
08/09/25
Atualizada em
08/09/25 18h10m
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Sedufsm participou de reunião do GTPFS, onde foi discutida a criação de uma rede de apoio a pesquisadores/as palestinos/as

O Grupo de Trabalho de Política e Formação Sindical (GTPFS) do ANDES-SN esteve reunido no auditório da Fenajufe, em Brasília, na última sexta (5) e sábado (6), para discutir uma série de questões sobre o cenário político nacional e internacional. Vânia Rey Paz, diretora da Sedufsm, esteve presente na atividade e avalia o encontro como proveitoso, uma vez que contribuiu para aprofundar a política sindical, discutindo seus modelos, diretrizes, princípios e rumos.
A causa palestina esteve dentre os principais assuntos do evento, tendo sido pauta de uma mesa de debates que teve a participação do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben; da docente palestina, Muna Muhammad Odeh (UnB), e da psicóloga e tradutora do árabe, Rima Awada Zahra. Em suas intervenções, apontaram formas de lutar contra o genocídio, a exemplo do reconhecimento à produção acadêmica palestina e do estabelecimento de uma rede de apoio a pesquisadores/as e estudantes palestinos/as.
“E essa luta conta com a participação ativa da Sedufsm, pois também já vivenciamos em nosso território brasileiro o massacre da população indígena, a escravidão, o que nos torna capazes de empatia e entendimento necessários à luta pelo fim dessa guerra. Seguindo as ações propostas pelo ANDES-SN e demais ações promovidas por entidades relacionados à causa palestina”, defende Vânia. No dia 30 de agosto, a Sedufsm esteve presente em ato realizado em Santa Maria, durante a 52ª Feira do Livro, em denúncia ao genocídio palestino.
Como encaminhamentos, as e os docentes presentes à reunião do GTPFS deliberaram a pressão para que as Instituições de Ensino Superior brasileiras se posicionem em defesa da Palestina e não apenas denunciem o genocídio cometido por Israel, mas rompam relações com o país – a exemplo de Unicamp e Unesp. A realização de palestras e de uma reunião com a Andifes também está no horizonte.
“Por outro lado, considerando o papel do sindicato, atuar em várias frentes, tais como apoio ao deslocamento, compra de passagens para os estudantes palestinos que desejem estudar no Brasil; solicitação ao governo de condições de permanência; pressão para o governo romper com Israel; reunião na Embaixada; proposta de uma Política de Estado para refugiados e de formação de uma Rede de pesquisadores; publicação da Revista Universidade e Sociedade (Especial), com assuntos sobre Palestina e Oriente Médio. Considerando o papel do governo, pressão para criação de uma política de recebimento e manutenção de refugiados, sendo essa a principal preocupação expressada pelo embaixador palestino, a adaptação, tradução, linguagem”, relata Vânia.
Articulação Internacional
A diretora Vânia Paz explica que o ANDES-SN está envolvido na construção e consolidação de uma política internacional da educação. Para isso, o Sindicato vem sugerindo a atualização do Caderno 8 como forma de estabelecer e aprofundar relações com outras entidades sindicais internacionais. Em tal atualização, será trazido um resumo das resoluções alinhadas ao princípio internacionalista do Sindicato e um texto comentando sobre a experiência internacional do ANDES-SN. “Deseja-se que essa articulação se amplie para outros países como os da África e da Palestina, rompendo, por exemplo, com o mercado editorial que é dominado pelo imperialismo da Europa ou da América do Norte”, complementa Vânia.
Nessa perspectiva, o ANDES-SN será participante ou organizador de algumas programações, como:
-Agenda México: Organização do IV Encontro Mundial contra o neoliberalismo na educação, previsto para ocorrer entre 09 e 20 de outubro de 2026, na cidade do México;
-Realização de um Painel em solidariedade a Cuba;
- Articulação junto a representações sindicais da África para sua participação nesses eventos - Recomendação para que o IV Congresso se amplie na direção dos países oprimidos.
Reforma Administrativa
A mobilização no interior do movimento docente contra a Reforma Administrativa é intensa e crescente, diz Vânia, de forma que a reunião do GTPFS indicou algumas ações a serem tomadas pelo Sindicato Nacional e suas seções sindicais:
- Preparação de atos para pressionar pelo cumprimento do acordo de greve e pelo fortalecimento das Ifes;
- Intensificação da articulação com o Fonasefe para combate à Reforma Administrativa;
- Intensificação da luta contra a Reforma Administrativa juntamente a outras entidades sindicais e da educação estadual e municipal.
Na última sexta-feira, 5, a categoria docente da UFSM esteve reunida em assembleia e aprovou uma agenda de mobilização contra a Reforma. Leia aqui.
Texto: Bruna Homrich
Foto: Vânia Paz
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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