As marcas positivas da interiorização da UFSM em Palmeira das Missões SVG: calendario Publicada em 10/10/25
SVG: atualizacao Atualizada em 11/10/25 10h09m
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Sedufsm realiza o Acolhimento no campus, com Oficina de Música, na quinta, 16 de outubro, data de aniversário da Unidade

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Na próxima quinta, 16 de outubro, o campus da UFSM em Palmeira das Missões completa 19 anos e a Sedufsm estará presente nesta data importante. A Seção Sindical realizará a sua etapa de Acolhimento a docentes e comunidade local com a apresentação da ‘Oficina de Música’ coordenada pelo professor aposentado da UFSM, Oscar Daniel Morales. O espetáculo reunirá um repertório de canções da cultura popular latino-americana e o evento acontece a partir das 15h no hall do prédio principal. (Mais detalhes ao final desta matéria).

Vânia Rey Paz, professora do departamento de Administração desde o início do campus, em 2006, e atual diretora da Sedufsm, destaca a “vocação” da UFSM à interiorização. Conforme a docente, mesmo que cada campus tenha suas especificidades, todos têm o mesmo papel e grau de exigências no cumprimento dos indicadores de qualidade institucional e de cursos, a partir das diretrizes do Ministério da Educação e demais órgãos de avaliação.

E a atuação do sindicato, entende ela, é fundamental tanto para a aproximação das e dos docentes das pautas nacionais e institucionais, quanto para fortalecer a luta contra a precarização, assédio e discriminações, articular mobilizações por melhores condições de trabalho e investimentos públicos. Na visão da diretora, a presença sindical também contribui para reafirmar o papel histórico da UFSM como instituição comprometida com a qualidade e o acesso democrático ao ensino superior público.

‘Antes e depois da UFSM’

Adriano Lago, professor do departamento de Administração e atual diretor do campus de Palmeira das Missões, afirma que após 19 anos de instalação da Unidade é comum ouvir na comunidade a expressão “Palmeira das Missões é antes e depois da instalação do campus da UFSM”. Para o diretor, é óbvio que muitos acontecimentos e transformações que ocorreram no município não necessariamente têm relação com a chegada da universidade, mas também considera óbvio que a instituição provocou diversas mudanças e impactos locais e regionais.

Lago destaca que até o momento o campus já formou mais de 2.200 profissionais na modalidade presencial, 650 profissionais na modalidade a distância e mais de 110 mestres. Essa formação se deu a partir de sete Cursos de Graduação (Administração Diurno e Noturno, Ciências Econômicas, Ciências Biológicas, Enfermagem, Nutrição e Zootecnia), dois Cursos de Mestrado (Agronegócios e Saúde e Ruralidade), um Curso de Doutorado (Agronegócios). “No entanto, mais que a formação propriamente dita, há que se destacar a inserção e a atuação destes egressos na sociedade local, regional, nacional e inclusive internacional”, frisa o diretor.

Pesquisa, extensão e impacto regional

O diretor da Unidade de Palmeira das Missões também aponta como relevante os impactos gerados por projetos de pesquisa, extensão, ensino e desenvolvimento institucional. Ao longo de quase 20 anos já são mais de 1.000 projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento nas mais diferentes áreas, além de impactos diretos na comunidade, melhorando serviços, qualificando a formação da comunidade, gerando dados de pesquisa e gerando qualificação do ensino, diz Adriano Lago. Ele lembra ainda a participação ativa de servidores/as docentes e técnicos/as nos diferentes conselhos, comitês e espaços de representação na comunidade local e regional.

Lago avalia ainda que a instalação do campus trouxe consigo uma importante contribuição financeira para Palmeira das Missões e região. “Atualmente, estima-se que a folha de pagamento mensal de servidores/as efetivos/as e terceirizados ultrapasse 2 milhões de reais. Adicione-se a isso mais 200 mil reais em bolsas de pesquisa, extensão, ensino e assistência estudantil e 140 mil em refeições do restaurante universitário, afora os valores e investimentos e serviços contratados anualmente pelo campus”, sublinha o diretor da Unidade.

Vanessa Barbisan Fortes, docente do departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas desde 2009, destaca como positivo o processo de interação entre docentes e discentes em função de ser um campus pequeno. “A gente conhece o trabalho dos colegas, até mesmo daqueles de outros cursos e departamentos, e existem muitas possibilidades de ações interdisciplinares”, ressalta ela. A professora também cita que o município e a região valorizam e demandam muito a participação da UFSM em diferentes setores, por isso, há muito trabalho de extensão, e docentes participam em fóruns e conselhos que são importantes para o desenvolvimento regional.

Loiva Beatriz Dallepiane, elogia o fato de que no campus se atua não apenas no ensino, mas também em pesquisa e extensão, aproximando o conhecimento acadêmico das demandas locais. Essa atuação permite que os cursos oferecidos, especialmente os das áreas da saúde e da nutrição, desenvolvam atividades de grande impacto social, promovam educação alimentar, práticas sustentáveis e ações voltadas à saúde pública, ressalta ela, que atua na Unidade desde 2009, no departamento de Alimentos e Nutrição.

A docente aponta ainda a relação entre universidade e comunidade como ponto positivo. “O campus contribui para o fortalecimento do contexto social e econômico da região, estimula a inovação, o empreendedorismo e a valorização da ciência. Projetos interdisciplinares aproximam estudantes e docentes de escolas, unidades de saúde e produtores locais, reforçando o papel da universidade como agente de transformação social”, enfatiza Loiva.

Os percalços que ainda persistem

Apesar dos avanços e dos pontos positivos, dificuldades também fazem parte do cotidiano da UFSM/Palmeira das Missões desde as origens. Conforme o diretor, Adriano Lago, há dificuldades logísticas, generalizadas nas universidades, mas que se agravam nos campi. “Não há como desenvolver plenamente as atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação e gestão sem uma estrutura robusta de transporte disponível”, frisa ele.

O diretor cita ainda como dificuldade, que era mais acentuada nos anos iniciais, mas que ainda paira sobre a Unidade, a rotatividade de servidores/as, as constantes remoções ou redistribuições por determinação médica ou judicial. Nos últimos quatro anos, relata o diretor, cinco docentes saíram por remoções sem reposição de vaga, o que representa mais de 5% da força de trabalho docente do campus. “Embora seja um direito do trabalhador, sua reposição enfrenta dificuldades legais”, comenta ele.

E há, também, uma dificuldade mais complexa que tem se acentuado nos últimos anos, que é a diminuição do número de ingressantes nos cursos de graduação. “O que era um sinal já identificado na pré-pandemia, acabou se agravando nos anos de pandemia e seguintes. Interessante considerar que geralmente há candidatos inscritos em maior quantidade que o número de vagas disponíveis, mas não são ocupadas todas as vagas, possivelmente pelos interessados também serem selecionados em outros locais de suas preferências”, observa Lago.

Na visão do diretor, as ações de divulgação necessitam serem ampliadas e fortalecidas de uma forma institucionalizada e, com esse intuito, estão sendo estruturadas propostas de novos cursos noturnos, que possam complementar o potencial de atração de alunos neste turno, uma vez que hoje a Unidade possui apenas dois cursos noturnos. “Os desafios sempre estarão presentes e estão sendo enfrentados com esforço da comunidade do campus, gestão central e comunidade local e regional”, enfatiza Lago.

Loiva Dallepiane também comenta que mesmo diante dos avanços conquistados ao longo de quase duas décadas, o campus da UFSM em Palmeira das Missões ainda enfrenta desafios importantes para o fortalecimento de suas atividades acadêmicas e científicas. Entre os desafios, cita a rotatividade e a sobrecarga de trabalho docente. Ela argumenta que, dentro da previsão de atividades de professores e professoras, estão as funções de ensino, pesquisa, extensão e gestão. No entanto, destaca, há também outras atribuições que demandam tempo, geram mais trabalho e comprometimento, como a participação em comissões, organização de eventos e realização de palestras.

A docente assinala que “em um grupo pequeno de docentes, essas funções simultâneas geram acúmulo de responsabilidades e reduzem o tempo dedicado à inovação pedagógica e ao aprofundamento de projetos. Essa realidade afeta também o bem-estar dos profissionais, que lidam com jornadas intensas e exigências diversas”.

Loiva registra também que a saúde mental de docentes e estudantes desponta como outro ponto de atenção. “As demandas acadêmicas, somadas às expectativas por resultados e o rápido avanço tecnológico, provocam situações de estresse e esgotamento. A gestão do campus já atua para enfrentar essa questão de forma planejada e colaborativa, o que resultou na implementação de algumas iniciativas voltadas à construção de um ambiente mais saudável, acolhedor e humano dentro da universidade”.

Para a docente, há um outro desafio relevante que se refere à ausência de um hospital regional (em construção, mas ainda não concluído). A finalização da unidade hospitalar de caráter regional permitiria ampliar as atividades de estágio e as práticas em saúde, que hoje já ocorrem no hospital da cidade, evitando assim a necessidade de deslocamentos para outras cidades.

Já na ótica de Vanessa Fortes, a infraestrutura do campus, apesar de ter crescido muito desde que foi implantado, ainda precisa ser expandida. Ela ressalta que essa expansão se refere tanto em relação a pessoas, como também no que se refere a docentes e técnicos. Todavia, lembra também sobre recursos financeiros e transporte, por exemplo, o que “possibilitaria expandir nossas atividades de pesquisa e extensão e aumentar nossa inserção na comunidade”, enfatiza.

A presença da Sedufsm e o momento cultural

A professora do departamento de Administração e diretora da Sedufsm, Vânia Paz, enfatiza que a presença da seção sindical é imprescindível tanto para conhecer de perto as realidades, como também para acompanhar as demandas junto às direções e aos docentes, buscando soluções que favoreçam melhores condições de trabalho.

E essa presença tem sido marcante ao longo dos anos, desde o momento em que começaram a ser estruturados os campi fora de sede. E, na quinta, 16, na data do aniversário da Unidade de Palmeira das Missões, a seção sindical estará presente tanto pro uma demanda definida em assembleia, para dialogar sobre os prejuízos da reforma Administrativa, como também para proporcionar mais um momento cultural. “É uma forma de o nosso sindicato também parabenizar o campus e a sua comunidade”, frisa Vânia.

Assim como já aconteceu em Cachoeira do Sul, no dia 12 de agosto, e acontecerá pela manhã do dia 16, em Frederico Westphalen, na tarde de quarta deste mesmo dia, a Sedufsm estará com a ‘Oficina de Música’ interagindo com a comunidade acadêmica. Sob a coordenação do professor aposentado do curso de Música, Oscar Daniel Morales, o grupo é formado pelos músicos Igor Fuchs (contrabaixo), Gabriel Jardim Pinto (violão) e Luiza Gomes (voz). O repertório reúne canções da cultura popular latino-americana, tais como samba, milonga, candombe e chacarera, em arranjos que mesclam elementos clássicos e contemporâneos.

Confira os detalhes abaixo.

Programação do Acolhimento Sedufsm nos campi: música e mobilização
16 de outubro (quinta-feira)

  • UFSM Frederico Westphalen – 10h | Hall do prédio 1
  • UFSM Palmeira das Missões – 15h | Hall do prédio principal.

    Arte/capa: Italo de Paula
    Fotos internas: Fritz R. Nunes
    Assessoria de imprensa da Sedufsm

    Texto: Fritz R. Nunes

 

 

 

 

 

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