MGI reúne sindicatos em Mesa de Negociação com poucos avanços SVG: calendario Publicada em 23/10/25
SVG: atualizacao Atualizada em 23/10/25 20h24m
SVG: views 105 Visualizações

Ministério promete criar GT sobre Reforma Administrativa, informa sobre projeto que regulamenta negociação no setor público e oferece reajuste nos auxílios

Alt da imagem
12ª Reunião de Mesa Central ocorreu na tarde de quarta, no Bloco F da Esplanada dos Ministérios

Em nova reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) com o governo federal, ocorrida nesta quarta, 22 de outubro, em Brasília, da qual participaram sindicatos do funcionalismo federal que compõem Fonasefe e Fonacate, e centrais sindicais, poucos avanços foram alcançados. Conforme relato do ANDES-SN, a pauta foi imposta pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI).

Durante o encontro, o secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopes Feijóo, apresentou três temas restritos: a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata do direito à negociação coletiva no serviço público; a atualização dos benefícios (alimentação, creche e saúde suplementar); e a Reforma Administrativa.

Questionados, os representantes governamentais preferiram não se posicionar sobre a Reforma Administrativa em elaboração na Câmara Federal, mas prometem criar um Grupo de Trabalho (GT) sobre o assunto. O MGI também fez uma proposta de reajuste nos diversos auxílios pagos a servidores e servidoras, mas estabeleceu um prazo para aceitação ou rejeição: 6 de novembro.

Ajuste nos valores dos auxílios

Da pauta também constou a atualização dos auxílios alimentação, creche e saúde suplementar. O secretário do MGI propôs um reajuste de 17,5% no valor do auxílio-alimentação, que passaria dos atuais R$ 1.000,00 para R$ 1.175,00, em dezembro de 2025, e para R$ 1.200,00, em 2026.

Para os demais benefícios, o governo sugeriu a aplicação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a partir de abril de 2026. Entretanto, Feijóo ressaltou para as e os presentes, que essa era uma proposta única e final e que o prazo para assinar o termo de compromisso é até 6 de novembro.

A diretora do Sindicato Nacional avaliou que o reajuste não atende às reivindicações da categoria. “Temos lutado, ao longo das nossas mobilizações e greves, pela equiparação dos benefícios entre as categorias do funcionalismo, já que há servidores que recebem valores muito superiores aos nossos. Também defendemos o reconhecimento e a extensão desses benefícios às e aos aposentados, que hoje são excluídos dessas políticas”, destacou.

Convenção da OIT: governo anuncia projeto

Um dos principais pontos da reunião tratou da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que assegura o direito à organização sindical e à negociação coletiva no setor público. Embora o Brasil tenha ratificado a convenção em 2010, a ausência de uma lei que a regulamente impede sua plena efetivação, mantendo servidoras e servidores sem garantias reais de negociação. O governo informou que o projeto de lei (PL) que regulamenta a convenção será encaminhado ao Congresso Nacional ainda este ano, mas não apresentou o texto às entidades. José Lopez Feijóo explicou que a intenção é evitar “avanços prematuros” e possíveis ataques antes que o texto chegue ao Congresso.

Fernanda Maria Vieira, secretária-geral do ANDES-SN, alertou para os riscos de debater o tema em um Congresso marcado pelo conservadorismo e ataques aos direitos trabalhistas e sociais.

Reforma Administrativa: proposta do MGI é criar um GT

As e os representantes do Fórum Nacional de Entidades de Servidores (Fonasefe) também cobraram um posicionamento do MGI acerca dos projetos que compõem a Reforma Administrativa, apresentados na Câmara Federal. O governo, no entanto, se recusou a adotar posição contrária à proposta, alegando que o tema não cabe ao Executivo neste momento.

“O governo explicou sua preocupação, mas disse que não compete a ele no momento se pronunciar favorável ou contrário. Todas as entidades presentes se manifestaram dizendo que era extremamente necessário que o governo se pronunciasse porque se tratava de uma reforma do Estado, não a partir da ótica dos trabalhadores, mas a partir da ótica do capital. Uma reforma que busca precarizar o serviço público, intensifica o controle social punitivista sobre o servidor e que, portanto, é um ataque à própria democracia”, ressaltou Fernanda Maria Vieira. 

Após ser pressionado, o MGI assumiu o compromisso de criar um Grupo de Trabalho (GT) para discutir os impactos da Reforma Administrativa a partir da realidade das trabalhadoras e dos trabalhadores. “Agora, nosso desafio é fortalecer esse GT e garantir que ele seja um espaço real de construção e não apenas mais uma formalidade”, concluiu a docente.

Edição: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN e da Condsef
Foto: Sinasefe
Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

 

 

 

SVG: camera Galeria de fotos na notícia

Carregando...

SVG: jornal Notícias Relacionadas

Reforma Administrativa quer serviços públicos sob controle de setores privatistas, diz presidente da Sedufsm

SVG: calendario 22/10/2025
SVG: tag Reforma Administrativa
Everton Picolotto participou de plenária organizada pela Assufsm na manhã desta quarta, 22, no CCR

Reunião sobre Reforma Administrativa acontece nesta sexta, 24 de outubro, no CEFD

SVG: calendario 22/10/2025
SVG: tag Reforma Administrativa
Atividade integra a agenda de mobilização e diálogo sobre os impactos da proposta em tramitação no Congresso Nacional

Sedufsm participa de debate sobre Reforma Administrativa no CCR nesta quarta (22)

SVG: calendario 21/10/2025
SVG: tag Reforma Administrativa
Atividade organizada pela Assufsm é destinada também a docentes e estudantes da UFSM e integra série de mobilizações contra a Reforma

Veja todas as notícias