Dica: assistir ‘Maid’, série com histórias de formas de violência invisibilizadas SVG: calendario Publicada em 03/06/22
SVG: atualizacao Atualizada em 03/06/22 11h50m
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Milena Freire cita que produção do Netflix, baseada em livro de Stephanie Land, é uma boa opção de fim de semana

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Séria da Netflix baseada em livro

Sextou! Nesta primeira sexta (3) congelante de junho, a dica cultural é da professora Milena Freire, do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM, também coordenadora do Grupo de Pesquisa "Comunicação Gênero e Desigualdades”. A docente sugere para o final de semana assistir a série ‘Maid’, produzida pela Netflix, baseada em um livro autobiográfico de Stephanie Land.

Conforme Milena, a narrativa é construída de uma forma “bastante crua e reflete temas que permeiam realidades que, de alguma maneira, estão próximas de histórias cotidianas sobre formas de violência que são muitas vezes são invisibilizadas”. Confira o texto da dica abaixo.

 

“Minha dica para o fim de semana é a série norte-americana Maid, que estreou em outubro do ano passado, tendo sido uma das maiores audiências de 2021 do Netflix. A história é baseada em um livro autobiográfico, de Stephanie Land, chamado "Superação: Trabalho Duro, Salário Baixo e o Dever de Uma Mãe Solo".

A trama se constrói em torno das dificuldades enfrentadas por Alex (Margaret Qualley), uma mãe solo de 25 anos, que sai de casa com sua filha Maddy (Rylea Nevaeh Whittet), de apenas dois anos, para tentar se livrar de um relacionamento abusivo com o marido, Sean (Nick Robinson) - um jovem bartender que tem dependência de álcool. Sem trabalho, sem casa e sem rede de apoio, Alex passa a trabalhar como diarista, vivendo situações de exploração e constrangimento e tendo imensa dificuldade em sustentar a si a e filha.

A narrativa é bastante crua e reflete temas que permeiam realidades que, de alguma maneira, estão próximas de histórias cotidianas sobre formas de violência que são muitas vezes são invisibilizadas: violência doméstica, psicológica, falta de apoio do Estado e desigualdades de classe.

Além de ter que lidar com a agressividade e a dependência do álcool do ex-marido, a jovem diarista convive com lembranças traumáticas que conjugam um pai ausente (também alcoolista) e uma mãe desequilibrada, que demanda sua preocupação e ajuda.

A história de Alex nos prende por emoções que por vezes parecem ser contraditórias, indo desde a solidariedade até a indignação. Por um lado, expõe situações difíceis e delicadas que refletem maternidade solo em uma sociedade que responsabiliza unicamente a mãe pelo cuidado material e emocional da criança. Por outro, aborda a complexidade das relações tóxicas, que se refletem em culpa, frustração, abandono, dependência e fragilidade. A série se divide em 10 episódios, que prendem a atenção do início ao fim. Uma maratona certa para estes dias frios”.
 

Milena C. Bezerra Freire de Oliveira Cruz

Professora do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM.



Imagens: Divulgação e arquivo pessoal
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

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