Direções dos campi de Frederico e Palmeira projetam ações em meio a dificuldades
Publicada em
18/05/23
Atualizada em
18/05/23 22h14m
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Dentre os projetos das duas unidades da UFSM está a criação de novos cursos

Os últimos quatro anos foram de dificuldades para a UFSM no que se refere à questão orçamentária. Os efeitos dessa penúria, que foi imposta pelo governo Bolsonaro, seguem impactando a instituição, o que inclui, obviamente, as Unidades. O anúncio do governo Lula de uma suplementação orçamentária deve aliviar a situação de precariedade que atinge, por exemplo, os campi de Palmeira das Missões e Frederico Westphalen.
Apesar das dificuldades, nada está parado, e as direções, junto com a comunidade interna, seguem seus projetos com o objetivo de aperfeiçoar cada vez mais o trabalho prestado pela UFSM junto a essas comunidades. Um dos aspectos comuns percebidos nos depoimentos à assessoria de imprensa da Sedufsm de Luiz Anildo Anacleto da Silva (diretor do campus de Palmeira das Missões) e Eliane Pereira dos Santos (vice-diretora do campus de Frederico Westphalen), é a busca de criação de novos cursos, especialmente no turno da noite.
Contudo, quando se pensa em criar novos cursos, é preciso partir de um diagnóstico da realidade atual, permeada por obstáculos. Segundo Luiz Anildo, mesmo com o repasse de verba anunciado pelo Executivo federal, há um alívio, mas ainda não uma solução plena para os antigos passivos. O professor, que é vinculado ao departamento de Enfermagem, cita que uma das preocupações é o déficit de servidores/as terceirizados (faltariam pelo menos 6) e o déficit de servidores/as concursados/as (TAEs). Nesse segundo caso, o campus precisaria de ao menos mais 4 trabalhadores/as.
Essa insuficiência de servidores/as é importante de ser citada, ressalta o diretor de Palmeira, porque quando se fala em ampliação de cursos, eles não podem funcionar a contento sem novos concursos para técnicos/as e docentes, sem investimentos em laboratórios, etc.
Atualmente, explica Luiz Anildo, o campus de Palmeira possui dois cursos noturnos, e o projeto, no médio prazo, é expandir os cursos da área de saúde. Após pesquisa feita junto à comunidade de 20 municípios, os cursos prioritários na visão dos/as consultados/as são os de Medicina, Biomedicina e Fisioterapia. Para concretizar essa proposta, complementa o diretor, serão necessários, além de recursos humanos e novos laboratórios, a ampliação da biblioteca, do restaurante universitário e da casa de estudantes.
Diálogo interno e externo
Eliane Pereira dos Santos (foto acima), vice-diretora do campus de Frederico Westphalen, relata que as dificuldades pela contenção de gastos por parte do governo Bolsonaro ainda geram muitos percalços. Falta material de consumo, as viagens estão sendo contidas devido à falta de recursos. Afora isso, há um problema crônico relacionado ao transporte público precário, que não atende aquela Unidade de forma satisfatória. A dificuldade de locomoção é uma das questões que afeta a própria permanência de estudantes no campus. No final de semana, eles/as praticamente ficam isolados no campus.
Todavia, alguns desses problemas citados podem ser amenizados a partir dos repasses orçamentários federais. Há, outros, porém, que causam preocupação e cuja solução extrapola a questão de verba. Eliane diz ter sido favorável à alteração na forma de ingresso na UFSM, acabando com a exclusividade pelo sistema unificado (SiSU). Segundo a diretora, desde 2016 que alguns cursos não preenchem mais que 50% das vagas e, que, em vista disso, algo precisava ser mudado para ver se reverte a situação do ingresso.
Pensando na importância de ocupar mais aquela Unidade, já que hoje, existe apenas um curo que funciona à noite- Eliane avalia que a estrutura do campus é subutilizada- está ocorrendo um diálogo interno e também externo, com as coordenadorias estaduais de educação da região, para discutir a possibilidade de criação de novos cursos na UFSM/Frederico Westphalen.
Projetos em andamento
Independente do que ainda está sendo projetado para o futuro, tanto no campus de Frederico como no de Palmeira, propostas estão saindo do papel para serem executadas. Já foi definido, por exemplo, que haverá espaço para a construção de um restaurante no campus, investimento em um auditório e também em uma sala de inovação, entre outras iniciativas.
No caso de Palmeira das Missões, o diretor, Luiz Anildo (foto acima), cita que está sendo finalizado um espaço alternativo em que serão ministradas aulas, oficinas e teatro; o projeto de um meliponário (pesquisa com abelhas), e em andamento um projeto, em parceria com o campus de Cachoeira do Sul, que já está começando a dar uma “nova cara” à Unidade, que é o projeto de “reurbanização do campus”. Além de uma espécie de pracinha com bancos e gramados em volta, já em uso por estudantes, o projeto também prevê ciclovias, área para caminhadas e rearborização (em andamento).
(Mais fotos abaixo em anexo)
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm
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