Reforma Administrativa é denunciada na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores
Publicada em
09/12/25
Atualizada em
10/12/25 09h28m
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Espaço foi solicitado pela Assufsm e recebeu apoio da Sedufsm. Na ocasião, foi feito apelo para que parlamentares se posicionem contra projeto de desmonte do Estado
A denúncia dos prejuízos trazidos na proposta de Reforma Administrativa alcançou novamente a Câmara de Vereadores de Santa Maria na tarde desta terça-feira, 9 de dezembro. Desta vez, o tema foi abordado durante o espaço da Tribuna Livre, mediante requisição da Assufsm, com apoio da Sedufsm e de outros sindicatos de servidores públicos, como o Sinprosm, e do DCE.
Jadir Lemos, diretor da seção sindical docente, esteve presente na Câmara e destacou o quão importante é fazer pressão junto às e aos parlamentares, visto que, em todas as campanhas eleitorais, as e os candidatos a cargos políticos fazem promessas de melhorias nos serviços de educação, saúde e segurança. Frente a uma Reforma que prevê o sucateamento e a privatização de tais serviços, a postura dos representantes do povo deveria ser de rejeição intransigente.
“Estar aqui hoje é muito importante. Ver os colegas da Assufsm fazer essa defesa em nome de todas e todos os servidores públicos foi um ponto relevante para a nossa luta. Nós viemos lutando desde meados de setembro para denunciar os prejuízos que essa Reforma traz para a população. Dentro dessa Casa, que é a Casa do Povo, estamos falando para quem realmente precisa ouvir. Espero que esse momento repercuta entre os parlamentares da cidade, para que eles realmente se responsabilizem por aquilo que prometeram, pois estamos perdendo cada vez mais direitos e ficando cada vez mais vulneráveis. E serviço público é um direito da população", disse Lemos, que representou a Sedufsm na atividade.

Durante os 15 minutos concedidos, a coordenadora Loiva Chansis e o coordenador Guilherme Elwanger, da Assufsm, elencaram uma série de motivos pelos quais a Reforma Administrativa deve ser combatida. Na Tribuna, os dirigentes desmitificaram o discurso de que a proposta vem para combater privilégios e modernizar o Estado brasileiro. "Modernização é ter orçamento público, com política de carreira e investimento em concursos. A Reforma traz a lógica do mercado, que vê nos serviços públicos uma forma de manter e ampliar seus lucros. E para uns lucrarem, outros têm de perder", disse Loiva, explicando que, se aprovada a PEC da Reforma, quem perde são as e os trabalhadores.
A previsão de aumento no tempo dos contratos temporários, trazida no texto da Reforma, também foi duramente criticada. Loiva alertou que o serviço público pode virar um curral eleitoral, e Guilherme Elwanger ponderou que a rotatividade de servidores e servidoras levará a erros, atrasos e insegurança jurídica. "Não se combate privilégios atacando a base dos serviços públicos. Apenas 0,06% dos servidores recebem altos salários, mas essa informação não é trazida pela grande mídia", diz o dirigente, criticando a falsa propaganda feita por grandes veículos de comunicação e federações privadas de que a Reforma ataca privilégios.
No dia 19 de novembro, a Reforma Administrativa havia sido pauta de Audiência Pública na Câmara de Vereadores, graças à iniciativa conjunta dos sindicatos que compõem a Frente Única de Servidoras e Servidores.
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Texto: Bruna Homrich
Fotos: Fritz Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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