Reunião do Conselho Universitário: Sedufsm faz denúncia contra a Reforma Administrativa
Publicada em
05/12/25
Atualizada em
05/12/25 17h53m
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Diretor da seção sindical convida comunidade da UFSM a pressionar parlamentares contra a PEC 38/25
Na manhã desta sexta-feira, 5 de dezembro, o presidente da Sedufsm, professor Everton Picolotto, ocupou um espaço na reunião do Conselho Universitário (CONSU) da UFSM para denunciar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 38, que institui a Reforma Administrativa. O momento foi requerido pela diretoria da Sedufsm à reitoria da UFSM em reunião realizada no dia 25 de novembro, quando a gestão também cedeu uma fala para a seção sindical na reunião do CEPE, ocorrida semana passada.
Em sua intervenção na manhã desta sexta, o dirigente, que também é conselheiro no Consu, alertou para o desmonte dos serviços públicos promovido pela Reforma, que atualmente tramita na Câmara de Deputados, com possibilidade de ser votada ainda este ano, se realizada manobra regimental.
Dentre as suas previsões, está a ampliação dos contratos temporários para até 10 anos, o que levaria a uma mudança estrutural no caráter e na qualidade da universidade pública, visto que de 40 a 60% de professores e técnico-administrativos em educação poderiam ser contratados temporariamente, sem a possibilidade de construir uma carreira e se dedicar de forma permanente ao ensino, pesquisa e extensão. Segundo a PEC, para fazer concurso, o órgão público terá de fazer estudo técnico avaliando se não seria mais econômico terceirizar e contratar temporários.
Outra ameaça trazida pela Reforma é a instituição de metas e premiações por bônus, algo bastante criticado especialmente no âmbito da Educação.
O que está por trás disso?
Picolotto explicou que, na Câmara Federal, o relatório foi elaborado por uma ONG chamada “Pessoas à frente”, que é financiada por entidades privadas como a Fundação Leman e federações patronais como Fecomercio e Fenaban.
“O que a gente quer é o fortalecimento do serviço público e dos servidores, e não o enfraquecimento e o desmonte. Precisamos nos manifestar e pressionar as e os parlamentares para que não permitam esse tipo de proposta, que coloca os serviços públicos nas mãos da iniciativa privada e de políticos, ampliando a possibilidade de apadrinhamentos. Defendemos concurso público, impessoalidade e autonomia para fortalecer a pesquisa, o ensino e a extensão", concluiu o presidente da Sedufsm.
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Texto: Bruna Homrich, com colaboração de Fritz Nunes
Imagem: Print
Assessoria de Imprensa da Sedufsm
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